Conheça e se inspire no empreendedorismo social de um dos fudadores da CUFA.
Celso Athayde fundou a Central Única das Favelas (CUFA) para, por meio da cultura do hip hop, empoderar os jovens e torná-los protagonistas na transformação de suas comunidades, propondo soluções para o seu desenvolvimento e buscando parcerias e ações que possam influenciar a maneira pela qual a sociedade vê essa parcela da população.
Celso criou um mercado de trabalho que se contrapõe ao mercado ilegal das drogas, promovendo atividades voltadas para a cultura visual e a gravação de discos e filmes, oferecendo aos jovens favelados novas opções de geração de renda.
Na CUFA, Celso define com os jovens quais as atividades que pretendem realizar e ajuda a implementá-las. Nesse processo, capacita os jovens, promovendo o resgate da cidadania e a atuação em espaços públicos, e envolve atores externos, como artistas e intelectuais reconhecidos, para debates sobre a cultura da favela.
Promove, também, eventos para valorizar a cultura do hip hop, como o Prêmio Hutuz, que já inclui 17 categorias e se tornou parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro.Celso nasceu na favela e cedo começou a conviver com traficantes.
Interessado pelo mundo que existia fora da favela, começou a estudar enquanto trabalhava como vendedor de rua. Logo se tornou líder dos camelôs no subúrbio em que vivia e onde descobriu a cultura do hip hop e suas raízes africanas. Fundou, então, a CUFA e reuniu um grupo que começou a gravar e que em 1999 lançou o primeiro disco de MV Bill, que se tornou o rapper mais popular do Brasil.
O trabalho da CUFA, que envolve mais de 5.000 pessoas em favelas do Rio de Janeiro, já está sendo replicado em 20 outros estados do Brasil, sempre com foco em cursos de cidadania, etnia, empreendedorismo e geração de renda.
Para atrair jovens que não se envolvem com a cultura do hip hop, Celso criou a primeira liga de basquete de rua do mundo, que foi incluída no calendário da Secretaria dos Esportes do Rio de Janeiro e nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
A ação de Celso se tornou mais conhecida após o lançamento do filme “Falcão: meninos do tráfico”, feito pelos jovens do CUFA, que se tornou sucesso de bilheteria e ampliou para todo o país o debate sobre o problema da favela e do tráfico de drogas.
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