6.8.05

Escolas utilizam o Hip hop para formar bons cidadãos

Cuiabá, 04 de agosto de 2005

O projeto, que é desenvolvido pela ONG Central Única das Favelas (CUFA) em parceria com três escolas públicas da capital, beneficia 130 estudantes.
O sucesso do Projeto “Consciência Hip Hop” desenvolvido pela organização não governamental Central Única das Favelas (Cufa) em parceria com três escolas públicas de Cuiabá, despertou o interesse da rede Globo de Televisão. Nesta quinta-feira (05.07), uma equipe de cinegrafistas esteve na Escola Estadual André Luiz da Silva Reis para filmar a apresentação de Hip Hop dos 130 alunos beneficiados. A gravação será exibida, no dia 13 deste mês, no programa Ação Global.Além de atender os 130 estudantes em situação de risco pessoal e social das escolas públicas “E.E André Luiz da Silva Reis” , “E.E Vera Pereira” e “E.M Orzina de Amorim Soares”, o projeto ainda beneficia 30 adolescentes da comunidade em torno destas referidas unidades escolares. Além destes, o projeto também atende 15 internos do Complexo do Pomeri.Membro da Cufa e professor de discotecagem, Adenilson da Silva Lara (DJ Taba) explica que o projeto visa descobrir e potencializar os talentos dos alunos de forma a fortalecer a auto-estima dos adolescentes em situação de risco e formar bons cidadãos. “O Hip Hop é composto por quatro elementos: o break (dança), o grafite (desenhos artísticos), a discotecagem (DJ) e o MC (vocalista, que por meio das músicas rimadas aborda temas como racismo, drogas, criminalidade, entre outros problemas que abalam a sociedade)”.A Cufa, implantada em Cuiabá há um ano e dois meses, também existe em outros 11 Estados. Na capital mato-grossense, a ONG trabalha o Hip Hop nas escolas há três meses. Para participar, cada aluno optou por um dos elementos (dança, grafite e discotecagem) que compõe o Hip Hop.Durante as aulas, os professores da Cufa aproveitam o momento de descontração e aprendizado para discutir com os alunos diversos temas sociais. “Falamos sobre as drogas, o preconceito, a violência, entre outras coisas. Desabafamos, trocamos idéias e no final, descobrimos que podemos mudar a realidade porque somos responsáveis pelo nosso futuro”, frisou Roberto da Cruz Ribeiro, de 16 anos. Ele conta que no início das aulas de grafite alguns alunos desenhavam imagens que retratavam a violência e com o decorrer do curso, as figuras negativas foram, naturalmente, substituídas por desenhos que simbolizam o amor e a paz. “Acredito que a finalidade do Hip Hop é utilizar a dança e a música para transformar as pessoas”, finalizou.
ANDRÉA MARTINSAssessoria/Seduc-MT

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