O programa Ação foi conhecer o trabalho da Central Única das Favelas em Cuiabá. Um bairro muito pobre, na periferia, está mudando graças ao esporte e à cultura hip hop.
“Quando chove aqui, o esgoto enche de água”, diz o morador do bairro de Praeirinho, Jovânio de Souza.
“No bairro está faltando segurança, saneamento básico, asfalto, falta comida para garotada”, reclama outro morador, Ricardo dos Santos.
“Falta lugar para brincar, falta muita coisa”, conta Ludmila da Silva, também moradora do bairro.
É este o cenário que a Cufa escolheu para fazer sua primeira ação em Mato Grosso. As salas, hoje vazias, vão abrigar computadores e salas de aula. “A projeção é que aqui seja um espaço cultural, que atenda a comunidade e que ele seja um centro que a comunidade possa conviver nele e fazer suas atividades”, diz a coordenadora do projeto, Karina Santiago.
As atividades começam no campo. No espaço que estava abandonado, funciona a oficina de futebol. Careca é voluntário e treina sessenta garotos de quatro a dezessete anos. “Na minha época, eu não tinha alguém para dar essa atenção pra gente. No decorrer dos tempos, a violência cresceu muito aqui no bairro e nós nos preocupamos em tirar essas crianças da rua pra evitar o que o mundo está oferecendo de mal aí”, diz o professor.
“Muitos que estavam quase indo pras drogas, a gente acabou puxando, um foi puxando o outro e acabamos formando uma base para que o bairro possa se desenvolver pouco a pouco para ser um exemplo para toda Cuiabá", reforça o aluno Luis Henrique Corrêa.
No mesmo bairro, mais esporte. A criatividade do grupo transformou uma garagem em uma academia de jiu-jitsu. “No começo era bem difícil, a gente fazia no tapete. O esporte é muito caro, agora a gente está numa estrutura bem melhor do que antes”, lembra a jogadora Graciele Nascimento.
O quimono ainda é improvisado e o espaço é pequeno, mas nele cabe o sonho de mais de vinte garotos, inclusive do professor.
“Meu sonho sempre foi ser atleta. Eu nunca tive oportunidade, porque o jiu-jitsu é um esporte caro e dar oportunidade pra essas crianças é maravilhoso. Estou muito feliz por isso, muito orgulhoso de mim por isso”, se orgulha o professor Marcelo de Morais.
“É bom, a gente não fica na rua, não fica roubando. Tem gente que chama a gente pra cheirar cocaína essas coisas assim. Aqui é bom porque a gente aprende alguma coisa”, relata o aluno Jonas Nascimento.
Mas além do esporte, o outro objetivo da Cufa é promover a cultura: cultura hip-hop. É isso que a turma leva para dentro das escolas.
“A gente tenta explicar pra eles a importância do estudo através de outra maneira, através da arte mesmo”, explica o coordenador do projeto Linha Dura.
“A gente está tendo maior freqüência dos alunos, menos evasão e maior interesse dentro de sala de aula”, disse a diretora da escola Selma Grisólia.
Depois das aulas, os alunos participam das oficinas de breake, grafite e de DJ.
“Para mim está sendo uma satisfação muito grande a gente poder tocar e ao mesmo tempo ensinar”, vibra o DJ Taba.
“Eu acho muito bom porque na comunidade onde eu moro é difícil ter uma coisa assim que agente pode ter uma profissão, porque hoje está difícil”, conta o participante Douglas Batista de Oliveira.
“Antes eu só vivia andando nas ruas pichando, aí eu comecei a pegar teoria, prática. Aí, eu fui mudando minha visão de grafite para pichar, porque pichação é aquela coisa: é crime. Grafite é uma forma de expressar os sentimentos através dos muros”, conta o professor Mário Rodrigues.
Expressão, o caminho que essa turma encontrou para superar as dificuldades está dando certo. “Eu era do mundão, eu roubava, já usei muitas drogas, já bebi. O break me tirou desse mundo. O meu testemunho que eu passo pra eles é isso aí, que o mundo não leva nada, o hip hop é tudo”, afirma o professor Kenni Roger.
“Quando chove aqui, o esgoto enche de água”, diz o morador do bairro de Praeirinho, Jovânio de Souza.
“No bairro está faltando segurança, saneamento básico, asfalto, falta comida para garotada”, reclama outro morador, Ricardo dos Santos.
“Falta lugar para brincar, falta muita coisa”, conta Ludmila da Silva, também moradora do bairro.
É este o cenário que a Cufa escolheu para fazer sua primeira ação em Mato Grosso. As salas, hoje vazias, vão abrigar computadores e salas de aula. “A projeção é que aqui seja um espaço cultural, que atenda a comunidade e que ele seja um centro que a comunidade possa conviver nele e fazer suas atividades”, diz a coordenadora do projeto, Karina Santiago.
As atividades começam no campo. No espaço que estava abandonado, funciona a oficina de futebol. Careca é voluntário e treina sessenta garotos de quatro a dezessete anos. “Na minha época, eu não tinha alguém para dar essa atenção pra gente. No decorrer dos tempos, a violência cresceu muito aqui no bairro e nós nos preocupamos em tirar essas crianças da rua pra evitar o que o mundo está oferecendo de mal aí”, diz o professor.
“Muitos que estavam quase indo pras drogas, a gente acabou puxando, um foi puxando o outro e acabamos formando uma base para que o bairro possa se desenvolver pouco a pouco para ser um exemplo para toda Cuiabá", reforça o aluno Luis Henrique Corrêa.
No mesmo bairro, mais esporte. A criatividade do grupo transformou uma garagem em uma academia de jiu-jitsu. “No começo era bem difícil, a gente fazia no tapete. O esporte é muito caro, agora a gente está numa estrutura bem melhor do que antes”, lembra a jogadora Graciele Nascimento.
O quimono ainda é improvisado e o espaço é pequeno, mas nele cabe o sonho de mais de vinte garotos, inclusive do professor.
“Meu sonho sempre foi ser atleta. Eu nunca tive oportunidade, porque o jiu-jitsu é um esporte caro e dar oportunidade pra essas crianças é maravilhoso. Estou muito feliz por isso, muito orgulhoso de mim por isso”, se orgulha o professor Marcelo de Morais.
“É bom, a gente não fica na rua, não fica roubando. Tem gente que chama a gente pra cheirar cocaína essas coisas assim. Aqui é bom porque a gente aprende alguma coisa”, relata o aluno Jonas Nascimento.
Mas além do esporte, o outro objetivo da Cufa é promover a cultura: cultura hip-hop. É isso que a turma leva para dentro das escolas.
“A gente tenta explicar pra eles a importância do estudo através de outra maneira, através da arte mesmo”, explica o coordenador do projeto Linha Dura.
“A gente está tendo maior freqüência dos alunos, menos evasão e maior interesse dentro de sala de aula”, disse a diretora da escola Selma Grisólia.
Depois das aulas, os alunos participam das oficinas de breake, grafite e de DJ.
“Para mim está sendo uma satisfação muito grande a gente poder tocar e ao mesmo tempo ensinar”, vibra o DJ Taba.
“Eu acho muito bom porque na comunidade onde eu moro é difícil ter uma coisa assim que agente pode ter uma profissão, porque hoje está difícil”, conta o participante Douglas Batista de Oliveira.
“Antes eu só vivia andando nas ruas pichando, aí eu comecei a pegar teoria, prática. Aí, eu fui mudando minha visão de grafite para pichar, porque pichação é aquela coisa: é crime. Grafite é uma forma de expressar os sentimentos através dos muros”, conta o professor Mário Rodrigues.
Expressão, o caminho que essa turma encontrou para superar as dificuldades está dando certo. “Eu era do mundão, eu roubava, já usei muitas drogas, já bebi. O break me tirou desse mundo. O meu testemunho que eu passo pra eles é isso aí, que o mundo não leva nada, o hip hop é tudo”, afirma o professor Kenni Roger.
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