12.1.09

Reunião
Coordenadores estaduais da Cufa Brasil se encontram em Cuiabá
A idéia é alinhar discursos e estratégias de execução dos projetos.

Por Fernanda Quevedo



encontro nacional da Cufa em Brasília, em novembro de 2008

Entre os dias 30 e 31 de Janeiro, coordenadores estaduais da Cufa Brasil reúnem-se em Cuiabá. A idéia é alinhar discursos e estratégias de execução dos projetos em todo o Brasil. Os principais projetos em voga são a Liibra (Liga Internacional de Basquete de Rua) e o “Invisíveis”, este em parceria com o Ministério da Justiça que busca promover ações culturais para jovens que vivem em áreas chamadas de risco, recentemente delineado em Brasília (saiba mais aqui).
Já a Liibra, será projeto de maior investimento em 2009, e conta com parceiros estratégicos de grande peso. A reunião acontece em Cuiabá por seguir uma política de descentralização, haja vista que outras reuniões e encontros, sempre aconteceram “dentro do eixo”. A Cufa possui bases em todos os estados brasileiros e maioria de seus representantes já confirmaram presença. Em breve, aqui, mais informações a respeito.
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esporte
Dia Nacional do Basquete de Rua
Mais uma iniciativa CUFA

Por Jonas Balduíno




Assim como todos no Brasil sabem que no dia 20 de Novembro é o dia da Consciência Negra, logo todos se lembram de grandes líderes negros, como Zumbi e Malcon X. Já no dia 08 de Março se lembram das mulheres que morreram por lutarem pelos seus direitos, e o dia 01 de Maio data essa que todos se celebram um fato histórico, o Dia do Trabalho. Pensando no fomento do esporte-arte no Brasil, a CUFA está criando o dia Nacional do Basquete de Rua, isso mesmo! A data escolhida é dia 05 de Dezembro, data em que se formou a primeira seleção brasileira de basquete de Rua. A Cufa elaborou um texto explicativo com objetivo de divulgar essa data. Leia o texto na integra.
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Em 2001, no Armazém 05, Cais do Porto do Rio de Janeiro, o som que tocava era Rap, a festa era o Hutúz, a referência do hip hop no Brasil. Embalados pela música, alguns "malucos" improvisaram: pegaram uma lata de lixo e fizeram de cesta. Com a bola laranja investiram em jogadas permeadas por habilidades criativas, espontâneas e irreverentes. Surge ali o que se tornaria o primeiro esporte social do país, batizado pela Central Única das Favelas do Rio de Janeiro (Cufa - RJ) como Basquete de Rua do Brasil, uma variação entre o Streetball e o Basketball formal.

A Cufa, então, decide incentivar essa manifestação espontânea incorporando o basquete de rua ao movimento hip hop e sugerindo que o mesmo seja parte integrante de todas as suas manifestações culturais. Para organizar a prática foram criadas regras especificas para a modalidade, todas reunidas na primeira publicação oficial de basquete de rua do Brasil, o "Manual dos Basqueteiros". Obra esta viabilizada pela parceria da Cufa com o Ministério da Justiça, Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e Eletrobrás.

Com a formalização das regras, têm início as competições municipais, estaduais e por fim a nacional, a Liga Brasileira de Basquete de Rua (Libbra), evento reconhecido e chancelado socialmente pela Unesco e esportivamente pelo Ministério dos Esportes, que, hoje, agrega mais de 80 mil praticantes em todo território nacional.

Em 2008, o basquete de rua conquistou novos horizontes e a Cufa promoveu o Primeiro Desafio Internacional de Basquete de Rua, envolvendo o Brasil e o Chile. Em 2009, continuaremos trabalhando pela expansão dessa prática esportiva e promoveremos o Campeonato Mundial de Basquete de Rua, que será realizado nos anos ímpares e, também, o Campeonato Sul-americano nos anos pares, a partir de 2010.

O dia 27 de dezembro, data do Desafio Internacional, se consolida como marco na história do basquete de rua por ser a data da primeira partida oficial entre seleções de dois países. Reconhecemos este dia, portanto, como o Dia Nacional do Basquete de Rua e propomos que órgãos oficiais reforcem a importância dessa data não somente pelo aspecto social, político e cultural, mas também por fortalecer uma identidade construída pela própria periferia e por ela legitimada.
Entendemos, por fim, que o Estado deve incentivar ações como esta, que impactam diretamente na vida, na sobrevivência e na dignidade de uma juventude brasileira que continua acreditando e apostando nas cores e na dignidade do seu país.
Por isso, assinamos abaixo, em prol da oficialização do dia 27 de novembro como o Dia Nacional do Basquete de Rua.

Expediente:
Reportagem: Jonas Balduíno e Fernanda Quevedo
Edição: Fernanda Quevedo

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